Hemorróida com PPH. O que é? Quando e porque fazer?
- marciomandaro
- 13 de jan. de 2021
- 2 min de leitura

Conforme apresentando em um post anterior, a hemorróida é uma doença bastante frequente e que gera desconforto aos pacientes. O tratamento cirúrgico convencional (técnica de Milligan-Morgan) foi durante anos a única opção disponível. No entanto, com o passar dos anos surgiram novas opções terapêuticas e entre elas o PPH (procedimento para prolapso e hemorróida ).
O PPH consiste na utilização de um grampeador cirúrgico circular que tem como objetivo ressecar o tecido excedente e realizar a fixação da mucosa que está prolapsada e frouxa a parede do reto. Nesta técnica o cirurgião inicia o procedimento dando pontos na mucosa e com isso selecionando o quanto será ressecado. Após esse primeiro momento é introduzido o aparelho e realizado a secção e grampeamento do reto. Por fim, é revisado se não está havendo nenhum sangramento e finalizado o procedimento.
Diante desse breve resumo da técnica vamos analisar agora quando podemos utilizá-lo. A hemorróida pode consistir em um componente interno, externo ou misto, Essa informação é relevante pois para escolhermos qual técnica cirúrgica será utilizada devemos levar em conta a inervação presente no canal anal. O PPH destina-se exclusivamente ao tratamento das hemorróidas internas, pois ele isoladamente não objetiva a ressecção da pele excedente que está presente na hemorróida externa. No entanto uma opção que pode ser adotada também é combinar a técnica aberta e o PPH. Essa escolha é muito interessante em pacientes que apresentam um prolapso mucoso acentuado ( uma pele de dentro do canal anal muito frouxa, além da doença hemorroidária).
Por fim, uma pergunta bastante frequente dos pacientes é se a cirurgia com o PPH é menos dolorosa do que a técnica aberta. Uma resposta bastante objetiva é: sim. No entanto devemos considerar que essa resposta é totalmente verdadeira nos casos em que o grampeador é utilizado isoladamente, sem a necessidade de qualquer intervenção na pele. Esse fato se explica pois o grande causador de dor nas cirurgias orificiais é a manipulação da pele do anus e do canal anal abaixo da linha pectínea. Dessa forma, se houver doença externa associada e for necessário a complementação da técnica provavelmente teremos um pós-operatório mais doloroso.
Em suma, estamos diante de uma técnica cirúrgica segura, já bem estabelecida no meio médico mas que como todas as outras deve ser utilizada de acordo com a doença apresentada e terá um bom resultado se bem indicada e feita da forma correta. Portanto, é fundamental uma avaliação adequada pelo proctologista .
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